quarta-feira, 10 de junho de 2009

DPP. D:



Uma ultima lágrima escorre por minha face encharcada.

É tão estranho perceber, nesse frio, quão cristalizantes elas se tornam.


Eu olho pras estrelas.

As únicas, eu sei, que não vão me decepcionar; que não irão mentir e que sempre estarão lá quando eu precisar, eu penso.

E agora, nesse céu coberto por nuvens negras, algumas se escondem, fugindo da violência e urbanização dessa cidade, tão grande; tão suja.

Assim como eu.


Das estrelas no céu, cada uma me lembra alguem, que se foi, que eu perdi. De repente me sinto como a lua, tão só nessa escuridão. Só o que pode fazer é observar a Terra ao longe, e as pessoas, que encantadas, observam assim como ela, as estrelas brilhantes. Só pode sonhar; esperar que um dia possa, ela tambem, passar a ver as estrelas tão lindas, que estão perdidas as suas costas.


De certo modo olhá-las se torna nostalgico, querido.

Como eu queria tê-los ao meu lado novamente, de verdade, daqueeele jeito... e poder aproveitar tudo, desta vez. Simplismente impossivel.

Mas então eu me recordo do porquê de não estarem ao meu lado. Decepções; Erros. Eles parecem com esse estranho brilho que vem das estrelas, que se tornam muito mais brilhantes e maiores conforme estão proximos de nós. Olhando para tras, seu brilho seria os sofrimentos por quais passamos: quão mais próximos de meu presente, mais acentuados me parecem. Dificil esquecê-los.